É inegável importância dos poços artesianos na relevância do agronegócio para a economia brasileira. A demanda global por alimentos trouxe cada vez mais necessidade de uma agricultura de precisão e novas tecnologias para o aumento da produtividade e a sustentabilidade do setor.
Assim sendo, durante toda minha juventude ouvi dos agricultores as expressões “Safra” e “Safrinha”. A primeira se remete à colheita e produção principal, na época com a melhor combinação chuva/sol. A segunda a um cultivo complementar anual, com menor produtividade. Não distante disso, também muito se ouvia falar na quebra da safra, seja por falta de chuva, ou por excesso dela.
Enfim, a vida agrícola é como equilibrar pratos na ponta dos dedos. Demais ou de menos, qualquer um dos fatores gera grandes perdas, impactando a economia local e, se for em larga escala, a economia global.
Porém, temos algo fundamental para o cultivo de qualquer planta: a água e recursos hídricos.
A irrigação através de poços artesianos
De nada adianta solo fértil, nutrientes adequados, fungicidas, herbicidas e demais, sem água na medida certa. Muitas áreas improdutivas até meados da década de 1990, hoje conseguem grandes números em produtividade. O que que já foi inconcebível: 3 safras anuais, e todas com alta produtividade. Isso é possível graças aos novas maneiras de gerir os recursos hídricos. Sendo captando da superfície, como rios, lagos e armazenamento da chuva, ou perfurando poços profundos.
Entre os meios para irrigação mais utilizados temos o gotejamento para produção de frutas, e os pivôs para produção de cereais, cana-de-açúcar, algodão e outros cultivos mecanizados. Essa criação de um microclima para o cultivo possibilita o domínio da lavoura com maestria. Principalmente em locais com baixa precipitação pluviométrica, aumentando a eficiência e reduzindo quase que totalmente as perdas em função das variações climáticas. O nordeste do Brasil se torna o berço e vanguarda nessa tecnologia, pois possibilita o desenvolvimento de áreas pouco produtivas, ou até mesmo improdutivas, em grandes regiões agrícolas.
De onde vem a água para irrigação? O projeto mais emblemático que vivenciamos neste século foi a transposição do canal do São Francisco. Apoiado em um lobby político com muitos conflitos entre especialistas, se tornou um gigante projeto de irrigação, porém de baixa eficiência, pois de pouco adianta disponibilizar água para agricultores que não possuem técnica, conhecimento e capacidade de investimento.
Poços artesianos e suas perfurações para a irrigação
Por mais que seja interessante, esse método não se viabiliza em qualquer local, devido à formação geológica, o que determina os níveis de água no subsolo e vazão disponíveis.
Temos oportunidades no Nordeste, com poços profundos produzindo até 600m³/h (600.000 litros por hora), e níveis de operação bastante superficiais, viabilizando a operação em larga escala. Podemos contar também com poços de 200 a 300m³/h em diversos locais. Desde o sertão nordestino, centro oeste, região amazônica, pantaneira, pampas e até mesmo em áreas do aquífero guarani. Há uma imensidão de possibilidades a serem exploradas, se a gestão dos recursos hídricos for feita de forma sustentável e com segurança operacional.
A PASE Hidrometria garante a sustentabilidade no uso dos recursos hídricos subterrâneos com monitoramento contínuo da água. Isso garante a exploração não-predatória, respeitando taxas de recarga dos aquíferos. Além da estabilidade dos níveis de operação, e o principal, sempre de acordo com a legislação. É fundamental que os órgãos reguladores possuam informações, a fim de conduzir as emissões de licenças, ampliando ou restringindo regionalmente conforme impacto no meio ambiente subterrâneo.